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segunda-feira, 20 de julho de 2015

PARÁBOLA DO PEREGRINO

O Peregrino e a encruzilhada

Eu, Peregrino de tantos árduos Caminhos, passei por um momento que quero que outros Peregrinos saibam.
Estava eu, no meu Caminho, imposto pela vida, buscando, como todos nos buscamos, o seu final pois já pressentia que ele era próximo. E, naquele dia, eis que depois de tantas agruras, surge em minha frente uma encruzilhada! 
- Oh, Minha Mãe! Depois de tanto pedir para que meu Caminho fosse leve, Colocaste-me perante uma encruzilhada! Lamentava eu, sentando-me desesperançado.
E, ali sentado, em frente a encruzilhada, senti sobre mim todo o peso que os Caminhos dessa vida me impuseram. E continuei chorando e perguntando á minha Mãe, o porquê daquela situação.
Foi quando um vento balançou as árvores e levantou a poeira do Caminho, me fazendo levantar a cabeça e então, ainda com os olhos embaçados de lágrimas, vi surgir, não sei de aonde um velho Peregrino, vindo em minha direção.
- Por que clamas por minha Mãe, com rancor e angustia? Falou o Peregrino, num tom de voz que denotava firmeza mas, ao mesmo tempo uma candura que igual nunca tinha ouvido.
- Seja bem-vindo, irmão Peregrino! Respondi eu, me levantando e enxugando as lágrimas que se misturavam com a poeira.
- Ouça a minha história e verás se não tenho razão de ter mágoas e rancor! Falei, olhando nos olhos do Peregrino. que emanavam uma luz a qual nunca tinha visto!
- Tantos Caminhos trilhei nesta vida, sempre no almejo de um final que me trouxesse a Paz que tanto almejamos. E em todos os Caminhos, por mais difíceis  que fossem, sempre bem disse a Minha Mãe!
- Veja as marcas que esses Caminhos me deixaram pelos corpo! Olhe essas cicatrizes! Dilacerei meu ser, Andei por trilhas que Minha Mãe indicava, e elas eram as mais difíceis. Muitos lançaram pedras nesses Caminhos, nunca as lancei de volta! Continuei no meu desabafo.



- Abriam-se na minha frente lindos e floridos Caminhos mas Minha Mãe sempre indicava os mais pedregosos. e eu por eles seguia!



- E hoje, quando já vislumbro o final de meus Caminhos, sou lançado em mais uma encruzilhada!
- Escute bem, velho Peregrino, depois de tudo que passei, agora no final, em que almejo a Paz que todos necessitam, Minha mãe me lança outro desafio! 
O velho Peregrino colocou a mão sobre meus ombros e, olhando fixo em meus olhos, falou:
- Por quantas e quantas pessoas passastes pelos Caminhos? Onde elas estão? Será, que como tu, olham para o final e veem a Paz que você vê?
- Se nossa Mãe o lançaste nesses Caminhos é para que possas dar ao final o seu testemunho para aqueles que precisem de ti!
- Siga qualquer Caminho que se abra na sua frente! Enfrente-o com  Força e Foco, porem sem nunca perder a Fé em Nossa Senhora. Ferimentos se abrirão, dores se anunciarão mas lembre-se, sempre, Nossa Senhora os curará! Lhe dará a Força para prosseguir até que chegue o seu Final., 
E assim falando, o velho Peregrino foi se afastando, seguindo o seu Caminho mas ainda, deu tempo de eu lhe perguntar:
- Quem é você? De onde veio?
E, sumindo no mesmo vento que o trouxe, falou:
- Eu sou aquele que chegou no Final do Caminho. O Final que tanto tu almejas! 
= E agora volto por trilhas por mim já andadas, para confortar aqueles que estão desesperados, aqueles que perdem a fé por se encontrar em frente a encruzilhadas que a vida nos impõem.
- Esta é a Paz que tanto almejei! 
QUAL SERÁ A PAZ QUE VOCÊ ALMEJA? 

Um comentário:

  1. Velho Peregrino, Que a mochila lhe tenha sido leve e a estrada lhe tenha sido curta ... Espero um dia tambem cumprir o meu destino em um Caminho.

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